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Mudança Ortográfica

Gosto de escrever e por isso me interessou muito o recente acordo ortográfico que pretendeu unificar a Língua Portuguesa. A pesar das polêmicas o acordo já está valendo e várias palavras que estávamos muito habituados a escrever de uma forma mudaram.

Em função disso publico aqui algumas das principais mudanças já com as decisões do Volp – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, que é uma produção da Academia Brasileira de Letras e tem a autoridade de esclarecer qualquer dúvida sobre a aplicação das novas regras.

 

Principais mudanças do novo Acordo Ortográfico

- Não se usa mais o trema, ou seja, agora se escreve: “linguiça”, “consequência” e “cinquenta”

- Não existe mais acento diferencial em “pára” (verbo parar), “pêlo” (substantivo), “pólo/pólo” (substantivos) e “pêra”.

- O acento será utilizado em ditongos “ei” e “oi” nas palavras paroxítonas somente se o vocábulo terminar em “r”, como: gêiser, destróier. Nos demais casos ele deixa de existir: “ideia”, “assembleia”, “plateia”, “jiboia”, “joia”. Nas oxítonas não há mudanças: herói, destrói, papéis.

Hífen

- Quando o prefixo terminar com uma letra idêntica àquela com a qual começa o segundo elemento, haverá hífen: “micro-ondas”, “super-racista”.  Quando for diferente, não se usa: “autoestima”, “autoescola”, “agroindustrial”. Quando terminar com vogal e o segundo elemento começar com “r” ou “s”, essas letras serão dobradas: “autorretrato”, “ultrassom”, “minissaia”.

Alguns prefixos sempre são usados com hífen, salvo nos casos validados pela tradição: “pré-vestibular”, “pós-graduação”, “ex-diretor”. Mas: “preconceito”, “prever”, “pospor”.

Palavras começadas com “h” pedem hífen, quando houver a junção com um prefixo: “anti-higiênico”, “geo-hitória”. Não haverá, no entanto, diante dos prefixos “des”, “in” e “co”, como: “desarmônico”, “inábil”, “coabitar”.

O prefixo “sub” será acompanhado de hífen quando a palavra seguinte começar com “r” e “b”: “sub-região”, “sub-bibliotecário”. Os prefixos “circum” e “pan” pedem hífen quando vierem acompanhados por palavras iniciadas por “h”, “m”, “n” e vogais: “circum-escolar”, “pan-americano”, “circum-marítimo”.

O hífen não é usado em palavras que utilizavam anteriormente somente para diferenciação de outro vocábulo: “Pé de moleque”, por exemplo, será sempre para designar o doce ou a parte do corpo. É o mesmo que ocorre em “dia a dia”, “mão de obra”.

Não se utiliza hífem em palavras compostas consagradas pelo uso, como: “girassol”, “parapeito”, “passatempo”. Ele deixa de existir em “paraquedas” e “mandachuva” mas continua em “guarda-sol”, “guarda-chuva”, “abaixo-assinado”, “matéria-prima”.

Em onomatopéias o hífen será utilizado: “reco-reco”, “blá-blá-blá”.

O prefixo “co”, nunca será utilizado com hífen: “coeditor”, “coerdeiro”, “coprodução”.

As palavras “não” e “quase”, quando funcionarem como prefixos, não necessitam de hífen: “não fumante”, “quase irmão”, “não violento”.