BYOD – Bring Your Owne Device (Traga seu próprio Dispositivo)

BYOD?Polêmico ou não, o movimento BYOD ou Traga seu próprio dispositivo é incontrolável. A administração da mobilidade de notebooks da empresa que circulam há anos fora dos domínios de TI, agora foi complicada com as enormes dificuldades de controlar os dispositivos pessoais trazidos para o trabalho.

Sem dúvida é uma questão e encarar a realidade. É muito complicado proibir que seus funcionários utilizem seus smartphones ou tablets no ambiente de trabalho. A empresa pode até definir, por segurança, que não se pode acessar sua rede local com estes dispositivos, mas nada vai impedir que o funcionário use seu acesso 3G para navegar a revelia do Gerente de TI.

Toda mudança desestabiliza ou cria transtornos novos, a tecnologia nas empresas torna esta percepção contínua. Eu diria: “Se não pode vencê-los junte-se a eles”. Acredito que a tendência do BYOD é irreversível. Os Gerentes de TI vão espernear, arrancar os cabelos, mas impedir que os funcionários se mantenha conectados vai ser muito difícil. O ideal ainda é buscar um meio de educar para prevenir.

A adoção do  BYOD toca novamente nas questões polêmicas da relação do trabalho: Segurança e Trabalhista.

A exposição trabalhista acontece quando o funcionário passará a ficar 24 horas conectado à empresa, além disso com seus próprios dispositivos, tendo acesso contínuo a e-mails e aos ambientes corporativos.

Na segurança é um desastre total. Estamos considerando permitir que dispositivos particulares não sujeitos às políticas de segurança da organização poderão ter acesso às bases de dados, sistemas de compartilhamento ou aplicações corporativas. Isso seguramente já acontece mas, por um universo controlado pelos Gestores de TI, normalmente por profissionais com cargos de confiança como Gerentes ou executivos; utilizando dispositivos de propriedade da organização, controlados e submetidos às suas políticas de propósito e segurança.

Confesso que pessoalmente, no caso da segurança, não vejo nenhuma transformação significativa. Sempre afirmei que o ponto fraco da segurança nas organizações sempre foi o “Fator Humano”. Por mais controlado que seja o ambiente de TI nada impede a má intenção ou a disposição de um funcionário em vazar informações ou abrir portas para ataques e invasões.

Enfim, cada vez mais se torna imprescindível uma ação de educação e preparação do profissional para conviver com este excesso de conectividade. Tanto para não abusar da dedicação a empresa quanto para se comprometer a manter a segurança da Informação.

Uma coisa é certa, impedir a evolução não é uma opção.